Monday, July 06, 2009

British Open Piedrahita


Essa era minha última competição do ano e a última chance que tinha de conseguir uma letra para voar (espero) a Copa do Mundo em 2010. Depois do trauma da Turquia, onde sobraram iniciativas e faltou inteligência, só queria voar com o grupo e chegar ao gol.
A primeira prova, de 102 km, já anunciava uma condição alternando bons e maus trechos, o que pedia cautela. Fiquei impressionado com a constante mudança de status quo ao longo das provas. Quem estava mal e mantinha a calma tinha boas possibilidades de se recuperar, dependendo dos ciclos pelos quais passava.
No primeiro dia, cheguei ao gol em sétimo, mais de 6 minutos depois do Cecílio, piloto local de Madri que vôou toda a competição confiante e esbanjando classe. A segunda prova (125 km) aconteceu em condições épicas, num dia em que se podia voar 250 km ou mais. No último trecho, os grupos de ponta começaram uma corrida para gol apostando na abundância térmica que o dia proporcionava. Alguns pousaram antes do gol, o que me permitiu chegar em quinto.
Os starts eram muitas vezes incertos nessa competição, porque Piedrahita demora a esquentar, e submete 140 pilotos a ciclos térmicos passageiros. Todos se apertam no que há e esperam ansiosamente a abertura da corrida pelo relógio (houve quatro incidentes de colisão em vôo durante a competição).
A terceira prova seria a que ganharia. 115km à linda cidade de Segovia, com uma baliza técnica (com vento lateral) no meio do caminho. Antes da primeira baliza, o grupo parou para ganhar altura. Fiz a baliza mais baixo, porque sabia que a segunda perna da prova se faria com vento caudal. Daí em diante encontrei térmicas antes do grupo, que vinha baixo em minha direção (e acredito ter tido dificuldades, pois voei lento para ganhar). No final, o Cecílio teve mais "cojones" e me passou por baixo acelerando embestado para ganhar a competição. Somados os pontos de liderança, no entanto, ganhava minha primeira prova num aberto internacional.
O quarto dia é cancelado erradamente por possibilidade de vento forte. Aproveitamos para descansar. Finalmente, o dia final é uma prova curta (56km). Não me sentia bem antes do start, pela ansiedade extrema que se tem nessas situações. Estava em segundo no geral e precisava chegar ao gol bem.
Na última corrida, mantenho o vôo de grupo, tenso e tentando não jogar tudo por água abaixo. Um grupo de pilotos decide a rota ao norte de Villatoro, que os recompensa com o gol. Vôo reto ao gol pela planície, sobre a N-110. Com a rota marcada por parapentes e a condição melhorando rapidamente, cato uma última térmica que me birutou Steve Ham para ganhar a competição.

5 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Que beleza, Olympio... É assim que se faz. Abraços de Fortaleza, Aluisio.

1:06 PM  
Blogger Serginho "China" said...

Fala Olympio

Parabéns .dei uma nota no meu Blog http://airboysteam.spaces.live.com

Abraço

Serginho"China"

2:50 PM  
Blogger Gustavo Lauriano said...

Parabéns grande piloto... E ai vai vir para o Sertão este ano?
Grande abraço e ótimos voos.
Gustavo Lauriano

3:47 PM  
Anonymous Anonymous said...

Não vai disputar o Brasileiro?
Abraço
Rafael

9:05 AM  
Blogger willianserafim said...

Parabéns Leque.
Cê tá ficando indigesto heim... heheh
Que bom que está controlando a ansiedade nas competições, de longe o maior obstáculo de qualquer voador.
Grande abraço e sucesso.
Willian Serafim

1:00 PM  

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