Copa do Mundo, Denizli, Turquia
Como já disse antes, no vôo, como na vida, há bons e maus momentos. A semana na Turquia definitivamente não foi uma de boa sorte.
Estava determinado a voar com o pelotão da frente para tentar uma vaga na Final, mesmo que com isso pudesse estar arriscando um desempenho medíocre. Tinha a esperança também de que se voassem 6 provas, o que resultaria em dois descartes. (Só foram validadas 4 provas, com um descarte.)
Mas o plano foi por água abaixo. No primeiro dia, resolvi tirar baixo para um pilão no "flat". Mas a planície não funcionava bem na Turquia. Fui um dos únicos a cair. Mais de cem pilotos chegaram ao gol.
No segundo dia, decolei com o vário sem som. Como uso o Flytec 6030 há pouco tempo, não sabia ajustar o volume. Da base, fiz espirais para pousar na rampa. Na segunda decolagem, fui o último a sair. Fiz o "start" muito tarde, e, embora tenha me recuperado ao longo da prova, cheguei ao gol dez minutos depois do "deadline".
Na terceira prova, fiz o "start" e a primeira baliza em posição privilegiada, mais alto do que todo o grupo e em primeiro lugar. A segunda baliza fiz em segundo. Voei toda a longa transição à terceira baliza com o grupo de cabeça, de cerca de 10 pilotos. Como tinha mais altura do que no primeiro dia, resolvi voltar a tentar uma baliza no "flat" com menos altura do que o ideal, porque pensava que seria uma maneira de me manter na liderança. Achei que tinha reserva suficiente para voltar ao relevo, mas para meu desespero, voltando da baliza, cheguei ao pé das montanhas muito baixo e pousei. A competição estava perdida. O resgate durou cinco horas, para aumentar minha angústia.
A quarta prova foi numa decolagem pequena, que exigia decolagem por ordem de prioridade. Como estava entre os últimos, fui um dos últimos a sair. Fiz o "start" tão tarde e em condições tão desvantajosas que, diante da perspectiva de um vôo sozinho e de outro resgate eterno, desisti e voltei ao hotel voando.
Tirei duas conclusões dessa competição: é quase impossível bater o grupo numa Copa do Mundo. Só é possível atacar nos quilômetros finais. Adotar uma postura agressiva na primeira parte das provas é morte quase certa. A segunda conclusão é que meu parapente deixou de ser competitivo. A evolução das velas já é anual, e um desenho de princípios de 2008 perde feio em meados de 2009.
Fiquei entre os últimos :-( Agora é ter humildade e voar a Liga Espanhola e o British Open da maneira mais produtiva possível.
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