Monday, December 12, 2005

Omega 6 em segundo na etapa de Mendoza do Campeonato Argentino


Na foto (da esquerda à direita): Tato Vargas (3ro, Omega Proto), Andy Hediger (1ro, Omega Proto), Olympio Faissol (2do, Omega 6) e "Perro", organizador do evento.

Resultados aqui http://www.clubcerroarco.com.ar/index.htm

A terceira etapa do Campeonato Argentino de Parapente teve cinco provas válidas e condição forte, característica de Mendoza nesta época do ano. A briga foi pelas segunda e terceira colocações, já que o Andy vôou de forma impecável, matando 3 das 5 provas e chegando entre os 5 primeiros nas outras duas.

No primeiro dia, decolei cedo e, mal agasalhado, tive de esperar mais de meia hora pelo start. Com frio e desconcentrado, fiquei baixo e vi a grande maioria dos pilotos passando a mais de 1000m sobre minha cabeça para fazer a primeira baliza contra vento. Daí em diante, fiz um vôo de recuperação e cheguei ao gol em terceiro, 15 minutos após o primeiro colocado. Nesse dia, 8 competidores completaram a prova.

No segundo dia, fiz um bom start e voei com o primeiro pelotão até a primeira baliza. A prova foi mal escolhida, sendo a segunda perna longa e contra vento. Nenhum piloto completou o trajeto. Voei 5 km a menos que o primeiro colocado (Tony Adams - Gradient Avax XC - 31 km), mantendo a terceira posição no campeonato.

No terceiro dia, novamente fiz um mau start, saindo na frente mas bem abaixo do segundo pelotão e sozinho. Antes da primeira baliza, estava praticamente pousado e não pude entrar no cilindro de 400m sem antes subir numa térmica turbulenta que me salvou o dia. Voltei 3 km contra vento para fazer a baliza e correr para o gol, recuperando algumas posições e chegando em nono, num dia em que muitos pilotos completaram o trajeto de 40km. Paolo Fakkini (Gradient Avax RSF), da Itália, venceu a prova em pouco menos de uma hora.

O quarto dia consistiu numa prova de 203km (tempo individual), com duas balizas na rota para o gol. Nenhum piloto completou o trajeto, mas foi um bom dia de cross, com alguns vôos de mais de 100km. Saí sozinho com Fakkini e fomos nos arrastando até a primeira baliza, onde nos juntamos com o segundo pelotão, liderado pelo Andy. Daí em diante, voei sozinho a maior parte do tempo, no que foi um dia bonito, de boa visibilidade e bom teto. A rota foi sentido sul (para San Rafael), paralela à Cordilheira dos Andes, com linda vista para o Aconcágua. No km 80, com 4h30 de vôo, liderava a prova, mas bati de frente com o deserto e, sem saber direito que linha tomar, preferi pousar. Acreditava que a maioria dos pilotos havia caído, já que havia visto alguns muito baixos e não tinha mais visual da maior parte deles há um bom tempo. Uma hora depois, esperando o resgate, avistei vários passando sobre minha cabeça. O melhor vôo do dia foi do Andy, com 105km. Fiquei em nono, mas subi uma posição na classificação geral.

No último dia, o Andy contava com uma liderança folgada. Embora estivesse em segundo, vários pilotos tinham pontuação próxima à minha. Precisava chegar ao gol num bom tempo para manter minha posição. A prova, de tempo individual, consistiu no contorno (45,7 km) de algumas balizas perto da rampa. Consegui acompanhar o Andy durante a maior parte do trajeto. A chegada ao gol foi emocionante, pois não tinha altura para o planeio final e tive de catar a térmica salvadora no rotor do "Cristo" local, onde dei 3 enroscadas que foram suficientes para levar-me ao gol e garantir a segunda colocação. :-)

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